quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ESCOLHAS DE UMA VIDA



Por Pedro Bial



A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!

O QUE SÃO ACELERADORES DE PARTICULAS E PORQUE SÃO IMPORTANTES ?

 


O que são aceleradores de partículas e porque são importantes?








Um acelerador de partículas é um aparelho que produz "feixes" de átomos, elétrons, moléculas ou algumas partículas mais exóticas, como antiprótons, pósitrons ou mésons, com velocidades altas, geralmente superiores a 1/1000 da velocidade da luz c. Para que sejam atingidas estas velocidades, que em alguns casos chegam quase na velocidade da luz, as partículas sofrem a ação de forças eletromagnéticas, com arranjos que diferem bastante entre os diversos tipos de aceleradores.
Um "feixe" de partículas ocorre quando as trajetórias dessas partículas são razoavelmente paralelas e distam menos de 1 centímetro umas das outras. (A palavra "feixe" quer dizer em geral um conjunto de objetos paralelos colocados perto um do outro, como numa vassoura de gravetos onde eles são amarrados por uma corda, vindo daí a palavra "faxina".) Um feixe é caracterizado então pela partícula que o forma, pela sua energia cinética Ec(ou velocidade v) e pelo número de partículas por unidade de tempo N. Se a carga das partículas for q, há uma relação simples entre a corrente elétrica total do feixe, I, e o fluxo N: I=Nq.
Mas porque alguém aceleraria partículas? A primeira razão é que precisamos conhecê-las melhor e um dos meios de fazer isso é colidí-las em altas velocidades com outras partículas (átomos, fótons, elétrons, moléculas, etc) ou com sólidos. A segunda razão é que podemos usar essas colisões para conhecer melhor os "alvos", por exemplo obtendo a composição química de objetos sólidos. Há também numerosas aplicações tecnológicas e médicas. A Microeletrônica, por exemplo, não existiria sem aceleradores, chamados "implantadores" porque colocam átomos, geralmente de boro e de fósforo, dentro de um cristal de silício. (Antes de aceleradores começarem a ser empregados nos anos 60 já eram fabricados válvulas, diodos e transistores - mas sem aceleradores os tamanhos de qualquer circuito eletrônico seriam milhões de vezes maiores que hoje.) Num outro exemplo, a erroneamente chamada Medicina Nuclear usa aceleradores para produzir radioisótopos usados em terapias ou em dignósticos, para produzir raios-X ou para irradiação de tumores com elétrons ultra-rápidos (energia cinética de 20 MeV, equivale a velocidade 0,9997c).

Uma questão preliminar é a das unidades. Em geral nos referimos às energias cinéticas em eV ou seus múltiplos keV (1000 eV), MeV (1000 keV), GeV (1000 MeV) ou TeV (1000 GeV). Um eV é a energia cinética de uma partícula com a carga do elétron que atravessou uma diferença de potencial elétrico de um Volt e corresponde à energia de 1,6 *10 elevado a (-19) Joules. Caso a energia cinética de uma partícula seja muito inferior à sua "energia de repouso" (mc elevado a 2) podemos usar a fórmula usual Ec=(1/2)mv elevado a 2, de outra forma teremos que usar expressões relativísticas. Como exemplos, um elétron num tubo de TV tem cerca de 25000 eV antes de bater na tela e produzir luz, uma molécula de gás tem cerca de 1/40 do eV, os fótons de luz visível tem cerca de 2 eV, as partículas emitidas pelos núcleo de alguns átomos, chamados radioativos, tem alguns milhões de eV.
Se desejarmos estudar o núcleo as energias são geralmente superiores a 1 MeV, podendo ir a GeV. Se quizermos estudar as partículas que formam o núcleo as energias serão maiores ainda, de GeV a Tev. (Átomos ou núcleos com energia cinética de 1 MeV tem velocidades, dependendo da massa atômica, indo de 0,003 c, para o urânio,a 0,05 c, para o hidrog&ecirc.nio. Não apenas a complexidade dessas máquinas aumenta com a energia, em cada faixa estudam-se fenômenos distintos, cuja relevância vai da compreensão de nossa atmosfera até à da origem do universo. Incidentalmente as máquinas gigantescas que trabalham na região de 1 TeV, o CERN na Europa e o Fermilab na América do Norte, tem como subprodutos aplicações tecnológicas em mecânica fina, novos materiais, eletrônica e supercondutividade, sendo isto uma das principais motivações de seus orçamentos anuais de centenas de milhões de dólares. Não iremos falar destes aceleradores, concentrando-nos nos que permitem estudar propriedades atômicas e suas ainda mais generalizadas aplicações, ou seja, as energias disponíveis não serão suficientes para quebrar ou excitar o núcleo atômico, o que quer dizer velocidades entre cerca de 1/1000 e 1/10 de c, ou energias indo de 0,001 eV a alguns MeV.
É difícil para nós imaginar que até 200 anos atrás não se soubesse nada sobre átomos ( a Teoria Atômica de Dalton data do início do século XIX) ou que apenas cem anos atrás tenha sido descoberta a existência do elétron, pois hoje toda a tecnologia se baseia em átomos e em elétrons. Inúmeras aplicações de propriedades atômicas na Engenharia, na Química e na Medicina, não existiam, entre elas quase todas a Eletrônica, a Ciência de Materiais e a Química Analítica (que estuda a composição química de um objeto ou de uma amostra). Pelo lado da Ciência, nesse passado tão recente não eram conhecidos os fenômenos básicos da Química, da Biologia, da Física e da Meteorologia para os quais os átomos (e as moléculas, que são aglomerados de átomos) são fundamentais. Hoje, por exemplo discutimos as propriedades dos seres vivos e como alterá-las através da Genética Molecular, quando o gen é estudado como formado por grupos de átomos; estudamos a temperatura da Terra e a intensidade de radiação ultravioleta (UV) pelas colisões entre moléculas na atmosfera e somos capazes de calcular propriedades de compostos químicos os mais diversos, nas fases gasosa, líquida ou sólida, usando a Mecânica Quântica.

Estamos rodeados de materiais "artificiais", como plásticos, remédios, ligas metálicas e cerâmicas, desconhecidos por nossos antepassados de 100 ou de 200 anos atrás, ou mesmo que desconhecíamos durante nossa infância. A descoberta e/ou produção de muitos deles só foi possível usando propriedades atômicas e moleculares descobertas usando aceleradores. Foram experiências usando aceleradores que nos permitiram a compreensão que temos dos átomos e das substâncias que nos rodeiam, fornecendo a base para a Mecânica Quântica no início deste século, por sua vez permitindo a compreensão teórica dos fenômenos químicos. Nessas experiências um átomo (em geral ionizado positiva ou negativamente) ou um elétron (uma partícula que existe dentro dele) é acelerado até uma velocidade "alta" e colide com um "alvo", que pode ser um outro átomo, uma molécula, um objeto sólido, a superfície de um líquido, etc.
Além de explicar essas propriedades, os aceleradores são usados para fabricar equipamentos baseados nelas. Por exemplo, os aparelhos eletrônicos funcionam baseados em componentes (os circuitos integrados ou "chips", que podem conter o equivalente a dezenas de milhões de transistores) fabricados por implantação de átomos de velocidade alta (obtida usando aceleradores de ions) em cristais de silício. Alguns destes aparelhos, como microcomputadores ou simples televisões, são eles próprios aceleradores, acelerando elétrons até velocidades de 30% da velocidade da luz.
Até 1750, por exemplo, apenas 17 do atuais 105 elementos eram conhecidos e nem era sabido que todas as substâncias eram formadas por combinações desses cento e pouco elementos. Na segunda metade do século XVIII uma sucessão de grandes químicos, como Lavoisier (1743-1794, quando foi morto pelo governo revolucionário da França) e Proust (1754-1826), não apenas mais do que dobraram o número de elementos conhecidos (passou para 40) como também verificaram a existência de relações definidas entre as massas das substâncias envolvidas numa reação química. No início do século XIX Dalton (1766-1844) propôs a Teoria Atômica e Berzelius (1779-1848) a maneira como se denotam os elementos. Além desses cientistas numerosos outros descobriam novos elementos, sintetizavam novas substâncias e descobriam a "composição química" de muitas outras, algumas conhecidas desde a Antiguidade, como o sal de cozinha, a alumina e a soda. Mas se desconhecia o que eram os átomos.
Para estudar os átomos, os núcleos dos átomos e as partículas dentro desses núcleos temos que fazer colisões com velocidades crescentes. Em alguns casos a Natureza já nos fornece átomos (ou ions, que são átomos sem alguns elétrons) com velocidades altas. Exemplos disto são os átomos cujos núcleos emitem espontaneamente partículas alfa (estas são formadas por 2 protons e 2 neutrons, tendo carga elétrica positiva +2e e energias cinéticas da ordem de alguns MeV), sendo uma espécie de "acelerador" que não precisa ser ligado na tomada.... Em 1911 dois físicos, Geiger e Marsden, fizeram a experiencia que levou outro físico, Rutherford, a propor no mesmo ano o atual modelo do átomo (e a tornar-se instantaneamente um químico, ganhando o premio Nobel de Química). Nela um emissor de "alfas" foi colocado perto de uma folha metálica fina e, medindo as partículas alfa após a interaçã com a folha verificou-se que embora a maioria sofresse uma deflexão pequena algumas poucas eram fortemente "espalhadas" para trás. Rutherford interpretou este fato como a existência de um núcleo pequeno e positivo em torno do qual orbitavam elétrons. Havia no entanto numerosos problemas para compatibilizar as teorias da Física vigente com esse modelo, o que deu um grande impulso à busca de uma nova mecânica, a Quântica, o que demorou cerca de duas décadas.
Outro tipo de partícula rápida que a Natureza nos dá é o raio cósmico, onde partículas atingem a Terra, eventualmente com energias muito superiores à dos aceleradores de maior porte atuais. Uma parte da compreensão atual sobre as partículas usou resultados de medição desses raios cósmicos, como as medidas feitas pelo físico brasileiro Lattes na Bolívia na década de 50.

A Química hoje seria provavelmente descrita como a ciência que estuda os átomos e as moléculas: como reagem uns com os outros, como emitem ou absorvem luz, como se ionizam, perdendo ou ganhando elétrons, etc. Uma "reação química", por exemplo a de combustão quando uma molécula de açúcar e uma de oxigênio reagem dentro de um ser vivo fornecendo energia, é uma "colisão", mesmo que nesse caso as velocidades sejam baixas. Do ponto de vista aplicado diversas técnicas (como o PIXE, o RBS e o Auger) se baseiam na emissão de elétrons ou de raios-X por átomos que foram alvejados por elétrons ou por ions de alta velocidade, obtidos em aceleradores.

Grande parte das informações que temos sobre os átomos e sobre as moléculas vem dessas colisões, feitas de forma controlada. Podemos ter um feixe de luz monocromática atravessando um meio e considerar que as partículas de luz (fótons) colidem com um "alvo" de átomos ou moléculas. Podemos ter uma experiência bem similar, onde ao invés de luz temos feixes de elétrons ou de ions, cada feixe sendo composto por partículas com a mesma energia cinética.

Aceleradores são tambem fundamentais em aplicacões . Os microcircuitos de um computador são fabricados acelerando ions a dezenas de milhares de eV e jogando-os contra uma pastilha de silicio. Estes aceleradores são chamados implantadores e sem eles nao haveria nem a elétronica moderna nem os computadores. Outras aplicacoes existem na Medicina, onde frequentemente aceleradores de elétrons com 20 milhões de eV são usados para irradiar pacientes com cancer (os elétrons destroem o tecido canceroso). Na medicina também são usados para fazer a produção de substâncias radioativas, as quais podem ser usadas para tratar o cancer. Um tubo de raios-X, equipamento usado rotineiramente no diagnóstico mé:dico desde meados deste século XX, é um acelerador de elétrons, que atingem algumas dezenas ou centenas de milhares de eV e incidem sobre uma folha metálica, cujos átomos emitem raios-X.

Mas, como se acelera um elétron, ou um íon ou um átomo? Essencialmente são forcas elétricas que fazem isso, ou diretamente (como no tubo de TV ou no de raios-X) ou indiretamente, quando campos magnéticos variaveis no tempo produzem forcas elétricas (os aceleradores acima de alguns milhoes de eV em geral são desse tipo).

Entre os diferentes tipos de aceleradores temos:
-os "tandems", onde ions negativos são acelerados por um potencial elétrico positivo até um alvo gasoso ou sólido onde perdem elétrons, virando ions positivos e sendo acelerados novamente ( Nosso acelerador na UFRJ é desse tipo, se tivermos por exemplo um feixe de H- e um potencial de 1,7 MV vamos obter um feixe de H+ com 3,4 MeV. No Brasil há outros similares na UFRGS e na USP);
- os Van de Graaff, onde uma esfera é carregada eletricamente até alguns MV e dentro dela se coloca uma fonte de ions, os quais são acelerados (No Brasil há um na PUC/RJ.);
-os lineares, onde um campo magnético variável induz um campo elétrico variável na direção do tubo do acelerador, com o campo eletrico &sendo oscilante, mas com o feixe sendo pulsado, para só percorrer o tubo quando o campo aponta no sentido desejado (No Brasil há aceleradores deste tipo no CBPF, na USP e em muitos hospitais.);
- o ciclotron, onde o íon descreve semicirculos sob a ação de campo magnético, entre esses semicirculos é acelerado por um campo elétrico e, como passa diversas vezes nesse mesma região, um potencial elétrico pequeno resulta numa grande energia final (No Brasil temos aceleradores destes no IEN e no IPEN, respectivamente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.) e
-os eletrostáticos de baixa voltagem (até algumas centenas de keV) onde um elétron ou um íon é acelerado por um gerador externo (No Brasil são empregados para acelerar elétrons, sendo encontrados na UFRJ e na UFSCar. Além desses aceleradores, obviamente temos todos os tubos de raios-x, todos os aparelhos de TV e todos os monitores de vídeo de computadores, formalmente aceleradores mas que são empregados para finalidades outras que não a pesquisa...)
Temos também o sincrotron de radiação onde elétrons são acelerados a energias da ordem de GeV e, como percorrem trajetórias curvas, emitem fortemente luz polarizada, monocromática e de alta frequência. Estes aceleradores no entanto não são usados para colidir as partículas aceleradas com um "alvo" mas sim para fazer interagir essa "luz sincrotron" com alvos. (No Brasil temos o Laboratório Nacional dfe Luz Sincrotron, em Campinas.).
Referências:
1) o site http://www.coimbra.lip.pt/atlas/acelerad2.htm e os consecutivos (aparece uma seta para direita ao fim do texto).
2) o site Google (ou qualquer outro da compilação de de sites de busca), usando as palavras "acelerador de partículas" ou "particle accelerator". Vão aparecer muitos "sites", a maioria descartável após uma olhada rápida, mas alguns interessantes.

3) Se tiver acesso a livros de Física Nuclear, eles tem uma seção em que discute aceleradores.
Estou planejando colocar diversos textos didáticos na nossa página. Qualquer comentário, pergunta ou sugestão, sobre este texto ou sobre algum assunto correlato que desejaria ver discutido, favor entrar em contato comigo: L.F.S. Coelho.



** Disponivel: http://omnis.if.ufrj.br/~fatomica/acelera.html

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pink Floyd - Money

Money
Dinheiro




Dinheiro, fuja
Arrume um bom emprego
Com um salário melhor você fica OK
Dinheiro, é um combustível
Agarre essa grana com as mãos e esconda-a
Carro novo, caviar, quatro estrelas, sonhar acordado
Acho que comprarei um time de futebol para mim

Dinheiro, volte
Eu estou bem, cara, tire suas mãos do meu monte
Dinheiro, é um golpe
Mas não me venha com esse papo furado
Estou naquela de olá fidelidade
Viajando num grupo de primeira classe
Acho que preciso de um jatinho

Dinheiro, é um crime
Divida-o de um modo justo
Mas não pegue um pedaço da minha torta
Dinheiro, assim eles dizem
É a raiz de todo o mal hoje em dia
Mas se você pedir um aumento
Não é surpresa que eles não estejam dando nenhum

DISCUSSÕES ACERCA DA METODOLOGIA DA PESQUISA "TRANSCEDENDO A CIDADE: UTOPIAS, REFLEXÕES E SIMBOLOS"

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         A geografia sempre teve como suporte metodológico, o auxílio da percepção e da representação. Desde Ratzel, perpassando por Humboldt (até os dias atuais). O primeiro era consultor político de Otto Von Bismarck (primeiro ministro da Prússia, atuou severamente na consolidação da confederação germânica), em seu trabalho, ele não salientava apenas a relação homem – solo – estado, mas a representação de uma nação, se pegar o fato de Ratzel ter elaborado o conceito de “espaço vital”, veremos em sua essência, o significado da representação e como ela tem grande importância na geografia ratzeliana. Humboldt como uma grande naturalista, pautava-se na percepção do meio natural, pois assim designava a produção de seu trabalho.
         Outro grande geógrafo clássico, Vidal de La Blache, tinha como proposta metodológica o “olhar geográfico”, esse olhar era uma qualidade/característica que o geógrafo desenvolvia a partir de seus estudos teórico à sua práxis, pois era um modo de perceber e conceber o espaço e suas relações (homem X natureza). Enfim, o suporte representação não é dado apenas de forma cartográfica, mas, de forma plural com vários sentidos diversos, por exemplo: O quê um fenômeno natural representa para a sociedade? O quê representa um lugar? O que uma medida política representa na sociedade e meio ambiente? Como a política se representa no território?
           A percepção para BERTOL (2003)O que é a percepção? Qual sua essência? Se o fato perceptivo for estudado pela Psicologia, ele será baseado na observação e relações causais de fatos mentais de comportamento, e será classificado em dois tipos: os fatos externos, que podem ser observados, os chamados estímulos, como, por exemplo, luz, forma, cor; e os fatos internos, que só podem ser observados de forma indireta, as respostas. Em outras palavras, a Psicologia divide o fato perceptivo em estímulos externos e internos, que são os que ocorrem no sistema nervoso e no cérebro. Também em respostas internas e externas, que se constituem nas operações do sistema nervoso e no ato sensorial do sentir ou do perceber alguma coisa.
           Já se o fato perceptivo for estudado pela Fenomenologia, ela procurará explicar o que é a percepção, e não como ela ocorre. Para a filosofia fenomenológica, a percepção é

[...] um modo de nossa consciência relacionar-se com o mundo
exterior pela mediação de nosso corpo
[...] é um certo modo de a consciência relacionar-se com as coisas,
quando as toma como realidades qualitativas [...] é uma vivência.

(CHAUÍ, 1995, p. 236).

Desse modo, pode-se dizer que a percepção é a forma como, através dos sentidos, as coisas do mundo natural ou humano chegam à consciência. É a forma como as pessoas se relacionam com as coisas de um modo geral. Em sendo assim, o centro da cidade é percebido de forma diferente por pessoas diferentes. Cada pessoa tem uma imagem de sua cidade, e isto tem a ver com a forma como ela a percebe, como nela vive, como nela se sente, pois, “tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo, sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada” (MERLEAU-PONTY, 1999, p. 3). Relph (1979, p. 1) considera quatro significados para o termo geografia: como disciplina acadêmica administrativamente distinta; como um corpo formal de conhecimento no qual são levados em conta os arranjos espaciais, as relações homem-natureza; como a ciência que se dedica ao arranjo espacial e cartográfico específico das coisas, regiões e nações; como o padrão pessoal de atividades e encontros com lugares e paisagens."
         Vale ressaltar que os clássicos/sistematizadores da geografia recebiam influências científicas contemporânea, e que ainda hoje adquirimos novas vertentes epistemológicas para as práxis, através de outras bases científicas (humanas e naturais) de várias ciências.
          Então, para o progresso de nosso trabalho, buscamos várias linhas de pensamentos, tais como: A semiótica, a antropologia, a política, a fenomenologia, a psicologia, entre outras que iremos citar posteriormente, no decorre da pesquisa. Com certeza, herdamos em nosso trabalho as bases teórico-metodológicas dos estudos da geografia humanística e da geografia da percepção trabalhada por BERTOL (2003).
E de suma importância, ressaltar que obras de vários autores, tais como Aldous Huxley, Carlos Castaneda, George Orwell, Platão, Lúcia Santaella, entre outros, deram outro horizonte ao nosso trabalho. Fazendo com quê esse trabalho não seja apenas, uma produção geográfica, e que essa pesquisa tenha cunho interdisciplinar, devemos salientar que a partir da proposta metodológica, possamos trabalhar várias temáticas.
         Com todo esse arcabouço teórico, e relembrando a excepcional idéia de Vidal de La Blache, em propor metodologicamente o “olhar geográfico”, refletirmos, e vimos que precisávamos ter a sensibilidade perceptiva apurada, para entendermos de forma objetiva as relações humanas com os signos e utopias da cidade de Sobral, logo vimos que para concebermos a cidade, por outra ótica, e tentamos formular uma nova proposta metodológica, uma “meta-ótica”, para podermos entender de que há verdadeiro e irrefutável na construção processual do lado social-físico, porém simbólico de Sobral.
         Temos como objetivo, discutirmos sobre as reflexões que acercam Sobral, e que vemos de representativo na cidade e como a percebemos, e quais são as utopias da população. Para isso, escolhemos pontos da cidade, fizemos estudos históricos e entrevista, para em seguida debates, e fazermos como diz SEEMANN (2003) criarmos um próprio mapa a partir de memória do espaço agregando com os signos e utopias gerais, a partir de nossa percepção e concepção do espaço-lugar.


*Logo,

domingo, 25 de outubro de 2009

COMO OS HIPPIES FIZERAM WOODSTOCK

Jornalista brasileiro que foi hippie durante as décadas de 60 e 70 nos Estados Unidos conta como o público transformou o que seria mais um festival de rock em um dos mais importantes acontecimentos da história da música mundial
DANILO CASALETTI

Irreverência O público de Woodstock foi uma atração à parte

O mundo celebra os 40 anos de Woodstock, o lendário festival de rock organizado por Michael Lang que aconteceu em uma fazenda em Bethel, ao norte de Nova York, entre os dias 15 a 16 de agosto de 1969. No palco, estrelas como Joe Cocker, Jimi Hendrix, Santana, The Who, The Grateful Dead, Joan Baez e Janis Joplin. Na plateia, quase 400 mil jovens, que, para o jornalista Joel Macedo, autor do livro Albatroz, o encontro das tribos na Califórnia dos anos 60 (Editora Danprewa), foram os grandes protagonistas do evento.

Woodstock não estava sendo cotado com um grande festival. Seria, a princípio, um evento de rock como tantos outros que aconteciam pelos Estados Unidos. “Só foi um mega festival porque o povo derrubou a cerca”, diz Macedo. E o jornalista conhecia bem o público que invadiu a fazenda e fez de Woodstock um festival antológico: fazia parte da mesma tribo. Joel foi para os Estados Unidos no final de 1968, aos 20 anos, como correspondente do jornal carioca Última Hora, chefiado pelo jornalista Samuel Wainer, e logo que chegou, tomou parte do movimento. “Era tudo muito forte, efervescente”, diz.

A paz universal, o fim da Guerra do Vietnã, o amor livre, o fim do racismo e, claro, muitas drogas eram as principais bandeiras defendidas pelo público de Woodstock. Quem esteve por lá costuma dizer que quem se lembra de muitos detalhes é porque provavelmente não esteve ou pelo menos não aproveitou como deveria. O registro histórico, porém, foi garantido pelo cineasta Michael Wadleigh, que captou imagens do festival e as lançou no filme Woodstock, 3 dias de paz, amor e música, de 1970.

Os três dias de paz e rock acabaram ficando marcados como um importante episódio da luta americana pelos direitos humanos, que começou ainda na década de 50 e teve seu apogeu em 1963, na Marcha sobre Washington de Martin Luther King. “Em 1969, o movimento ressurgiu com outra bandeira, a pacifista. Era uma outra agenda, mas o mesmo movimento”, diz.

Para Macedo, porém, o movimento hippie teve seu anticlímax poucos meses depois, em dezembro de 1969, durante o festival de Altamont, na Califórnia. Programado para ser uma resposta da costa oeste americana a Woodstock, o evento, organizado pelos Rolling Stones, reuniu bandas californianas, mas ficou marcado pela violência e pela morte de quatro pessoas que foram esfaqueadas por motoqueiros do grupo Hells Angels, que foram contratados para fazer a seguranças do festival. “As drogas já estavam sob controle do crime organizado”, afirma Macedo. “O movimento hippie mudou de mão, fugiu de controle. Em Altamont, o sonho acabou”.

De volta ao Brasil, no verão de 1970, Macedo participou da fundação do movimento hippie brasileiro que, no mesmo ano, recebeu uma visita ilustre: a cantora Janis Joplin. “Ela veio passar o carnaval no Rio de Janeiro, mas já estava mal, não largava a garrafa de bebida”. O jornalista se lembra de Janis sentada na grama da praça General Osório, uma espécie de reduto hippie da cidade, cantando para homenagear o movimento.

Durante a ditadura militar, o movimento hippie brasileiro foi mais uma força, ao lado da luta armada, contra o regime. Mas, assim como fora do país, as mudanças acabaram transformando a cultura em uma espécie de caricatura. "Apesar de não praticamente não existir mais, o movimento hippie é visto como parte importante da história. Foi a geração da utopia por um mundo novo. Era uma geração corajosa, que decidiu assumir o papel de sujeito “, afirma Macedo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

o qué o tempo

O que é o tempo?

O relógio marca o tempo,
Um consenso humano, definiu o conceito
de horas, para delimitar o tempo.

A vida inicia o tempo no cronometro,
A morte aperta o botão e para o cronometro,
e nós morremos.
O tempo não irá parar!
Todos nós temos tempo marcado?
A terra tem tempo marcado?
A humanidade tem tempo marcado para o
o fim de sua existência?

O tempo!

É engraçado dizer que perdemos tempo,
mas, como afirma isso, senão sabemos quanto
tempo temos de vida. Então como sabemos
que perdemos tempo?

Enfim, o que será o tempo,
Será se não marcássemos o tempo,
teríamos mais tempo.

O que é o tempo?

Tempo dura mais em alguns lugares,
Em outros momentos o tempo dura menos,
e tudo passa mais rápido.

Quem sabe o que é o tempo?
Tempo que me descontrola, com intuito de controlar.
Pra quê? Pra quê controlar? Pra quê pensar no tempo?
Pra quê pensar no tempo, senão pensarmos em nós mesmo,
relés seremos humanos.

O tempo é confuso, e me faz confundir, pois não tenho
relógio, e não sei se dia é dia ou se noite é noite,
se o sol dá luz ao dia e não a noite, e a partir daí marcar
surgir a possibilidade de delimitar o tempo.

Pra quê ter tempo, pensar e relativizar o tempo,
Senão há tempo a ser marcado, então como vou marcar,
Senão sei o que é tempo!

O que é o tempo?

Eleições ou farsa

As eleições para reitoria e vice-reitoria da nossa UEVA segue os mesmos moldes das eleições na época da ditadura, é feita uma eleição de fachada e completamente antidemocrática, já que o governador escolhe quem ele quiser, e não a comunidade acadêmica.
Nestas eleições, estudantes e funcionários não possuem qualquer importância para as autoridades competentes. Trata-se de um jogo de cartas marcadas, as eleições são uma mera formalidade, uma maneira de mascarar a verdadeira ditadura imposta, já que nós estudantes não escolhemos ninguém. Se afirma que, para ser candidato ao cargo de reitor é necessário, ter o título de doutor, e encarar uma lista tríplice, onde o CONSUNI decidirá que eles propõe ao cargo.
Nas eleições o perfil dos candidatos confirmam ainda que ganham os cargos quem pertencer ao esquema corrupto de um grupo mediócre e minoritário que domina a universidade há anos, fato claro esse, pois nas últimas eleições a nossa vice-reitora tirou o terceiro lugar como mostrava os votos da falsa e democrática eleição, decida pelos membro do CONSUNI(CONSELHO UNIVERSITÁRIO), porém, logo após, o governador do Estado a colocou como primeiro e a mesma assumiu o cargo. Tais pessoas se colocam contra o movimento estudantil, pois não representam os nossos interesses, interesses esses que tem como prioridade a qualidade da nossa universidade em todos os sentidos.
Quase todas as pessoas que entram nesse processo são contra aqueles que lutam para manter a universidade com um ensino público de qualidade, significa que seus interesses não são os mesmos que a esmagadora maioria da comunidade acadêmica, ou seja, os estudantes. E que, portanto, o papel dessas pessoas na reitoria é o de atender somente a interesses particulares e facilitar o processo de privatização do ensino. Como se prova em nossa UEVA, a privatização predatória constitui grande quantidade de cursos pagos, sem qualidade e com curta duração, espalhados pelo nosso país em entidades que não conhecemos e usando o nome UVA e expedindo certificados com a chancela de nossa pública universidade.
Vendo que nos aproximamos da repetição do processo de escolha de 40 anos atrás e, como forma de combater esse esquema fútil existente dentro da universidade e denunciar o que acontece conosco devido ao processo de escolha fechada dos dirigentes da nossa universidade onde não podemos opinar, nós do Diretório Central dos Estudantes e SINDIUVA temos como proposta ELEIÇÕES “DIRETAS JÁ” para tais cargos: REITOR, COORDENADOR DE CURSO E DIRETORES DE CENTRO, sendo que no processo nós estudantes teríamos peso, assim como professores e técnicos administrativos. Agora em dezembro haverá novamente esse processo fajuto e antidemocrático, sendo que ocorrerá nas férias para não sabermos de nada, e então, quando voltarmos para o semestre letivo, apenas sabermos da notícia. E mais uma vez a farsa estará armada, de forma autoritária, e nós público dessa Universidade mais uma vez não teremos voz e voto.

Geopolítica: o pior dos pecados por Fabiano Santos

[listageografia] Geopolítica: o pior dos pecados‏

Autor(es): Fabiano Santos*
Jornal do Brasil - 22/10/2009, pág. A9

A próxima semana é decisiva para o país. A Comissão de Relações
Exteriores do Senado votará parecer do senador tucano Tasso Jereissati
sobre o ingresso da Venezuela como membro permanente no Mercosul. O
parecer, como era de se esperar, é negativo. Cabe agora refletir sobre
o efeito que a eventual aprovação do relatório pode acarretar não
somente ao país mas sobretudo à região no seu conjunto. Algumas
ponderações, em apoio à posição do PSDB, relativizam os ganhos
provenientes do fluxo de comércio entre Brasil e Venezuela e,
adicionalmente, superestima a premissa de que a adesão deste país
inviabilizaria a negociação de acordos comerciais com terceiros países
ou blocos. Ademais, e este talvez seja o erro mais preocupante, as
vozes contrárias recomendam a rejeição do Protocolo de Adesão da
Venezuela ao Mercosul supondo que não afetará o status quo da região
não somente de uma perspectiva meramente contábil e comercial mas
também de um ponto de vista, obrigatório para um país como o Brasil no
contexto contemporâneo, geopolítico.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema econômico, tomemos como
referência o período posterior à assinatura do acordo de
complementação econômica entre o Mercosul e a Comunidade Andina, o ACE
nº 59, em dezembro de 2003. De 2004 a 2008 as exportações brasileiras
para a Venezuela aumentaram 250%, enquanto as importações deste país
para o Brasil cresceram 170%. No mesmo período, o superávit comercial
brasileiro com a Venezuela saltou de US$ 1,2 bilhão para US$ 4,6
bilhões, permanecendo positivo mesmo após a eclosão da crise mundial.
Ao contrário do que ocorreu no caso da balança comercial com os EUA,
que permaneceu deficitária nos últimos meses.

Todavia, o problema maior não é econômico ? é geopolítico e
estratégico. Com a saída da Venezuela da Comunidade Andina, ocorrida
exatamente para que ingressasse no Mercosul, e supondo a aprovação do
parecer tucano, este país adentraria estranho terreno de virtual limbo
econômico-institucional, não sendo improvável a hipótese da busca, por
parte de Hugo Chávez, de parcerias econômicas e aliados políticos
extrarregionais ?relevantes?, entre eles a China, com impacto, aí sim,
imprevisível sobre a estabilidade política da região.

Muito utilizado também é o argumento segundo o qual a inclusão de
Chávez no bloco dificultaria a negociação de acordos comerciais
futuros, principalmente com a União Europeia e com a Alca. Em primeiro
lugar, é importante frisar que a nenhum país é dado o direito de vetar
decisões no âmbito do Mercosul. É óbvio, contudo, que a inclusão de um
novo sócio tornará mais complexo o processo decisório e a produção de
consenso. Neste sentido, é também natural que ocorra um novo processo
de adequação e fortalecimento das instâncias decisórias do Mercosul,
incluindo-se o Parlasul, no sentido de coordenar os interesses do
países membros na direção do requerido consenso. Em segundo lugar, é
importante lembrar que as negociações com a UE não têm avançado, não
por conta de dificuldades de parceiros na América do Sul mas sim
devido à intransigência na liberalização dos mercados agrícolas,
devido ademais, no caso da Alca, à postura agressiva e pouco
conciliatória adotada pelos negociadores norte-americanos durante o
governo FHC. Não foi por outro motivo que, no final de seu mandato,
FHC reorientou a estratégia de expansão do capitalismo brasileiro para
o projeto de integração sul-americana, estratégia esta que vem sendo
aprofundada no governo Lula.

É muito difícil entender a lógica geopolítica dos senadores e
lideranças que se opõem ao Protocolo diante de evidências tão
contundentes, de que a decisão de rejeitar a matéria é de gravíssima
consequência para a trajetória brasileira de ascensão a líder regional
? trajetória que, como todos sabemos, não nasceu com o atual governo
mas sim e sobretudo com o governo do presidente Fernando Henrique
Cardoso. Não aceitar o desafio de ampliar o Mercosul e administrá-lo
com toda a complexidade que este assumirá diante da presença de novos
interlocutores externos e internos (sim, pois o ingresso de países
andinos significa compartilhar os benefícios de um mercado comum com
nossas populações do Norte e Nordeste) é o mesmo que abdicar da
responsabilidade de liderar ? e, em política, abdicar do papel que a
história impõe de liderar é certamente o pior dos pecados.

(*) Fabiano Santos é cientista político do Iuperj.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

SEMINÁRIO DINÂMICAS TERRITORIAIS URBANAS: Olhares, práticas e saberes no território cearense

De 24 a 26 de novembro de 2009
Auditório Milton Santos - CCH - Universidade Estadual Vale do Acaraú
Sobral - CE

Apresentação:

O SEMINÁRIO DINÂMICAS TERRITORIAIS URBANAS: Olhares, Práticas e Saberes no território cearense, será realizado em um importante momento de efervescência de projetos de pesquisa sobre as cidades médias em desenvolvimento nas IES – Instituições de Ensino Superior do Ceará. O Evento objetiva contribuir para a compreensão das transformações sócio-espaciais do Ceará, abrigando através do diálogo profícuo pesquisadores, estudantes, técnicos e demais agentes que pesquisam e/ou interferem nessas mudanças.

Esse evento constitui também um momento oportuno para o conhecimento mais aberto da produção da Geografia, em especial da Geografia da UVA – Universidade Estadual Vale do Acaraú, que vem realizando estudos sobre Sobral e as demais Cidades do Norte Cearense, sistematizados em livros, teses, dissertações, monografias e artigos científicos.

Como resultado, o seminário espera ampliar as discussões-­teórico-metodológicas e os diversos olhares sobre a cidade e o urbano, com possibilidades de fortalecimento de parcerias em projetos com outras IES, produção de artigos para publicação de livros, realização de trabalhos de extensão, tudo isso visando fortalecer o debate para entendimento das transformações do território cearense.


Programação:

(24/11/2009 –Terça-feira -Manhã)

08h – Credenciamento

8h30min – Abertura

Prof. Antonio Colaço Martins – Reitor
Prof. José Falcão Sobrinho – Pró-Reitor de Extensão
Profª. Cleire Lima da Costa Falcão – Diretora do CCH
Prof. Fábio Souza e Silva da Cunha – Coordenador do curso de Geografia
Maria Juraci Neves Duarte ( Secretária Municipal - SPLAM)

9h – CONFERÊNCIA DE ABERTURA

Dinâmica territorial, circulação e cidades médias
Profª. Drª. Adriana Bernardes – UNICAMP
Coordenadora: Profª. Drª. Zenilde Baima Amora – Geografia/UECE
(24/11/2009 –Terça-feira -Noite)
19h – MESA REDONDA 01
Espaço, Cultura e Patrimônio nas Cidades Médias Cearenses
Prof. Dr. Agenor Júnior – História/ UVA
Prof. Ms. Márcio Luis Paiva – Rede Estadual de Ensino
Prof. Dr. Nilson Almino – Ciências Sociais/UVA
Coordenadora: Profa. Ms. Martha Maria Júnior – Geografia/UVA
(25/11/2009 –Quarta-feira - Manhã)

8h – Apresentação de trabalho – Modalidade: oral
(25/11/2009 –Quarta-feira – Noite)

19h – MESA REDONDA 02
As dinâmicas sócio espaciais das Cidades Médias Cearenses
Prof. Ms. Fábio Ricardo Bezerra – Geografia / UERN
Prof. Ms. Nicolai Vladimir de Araújo – Geografia/UVA
Prof. Ms. Lenilton Francisco de Assis – Geografia/UVA
Coordenador: Prof. Ms. Sergiano Araújo – Geografia/UVA
(26/11/2009 –Quinta-feira -Manhã)

8h – MESA REDONDA 03
As novas tecnologias e a Gestão Territorial da Cidade
Prof. Dr. Johnson Nogueira – Geografia – UVA
Prof. Ms. Marcelo Gondim – IFCE
MS. Lutiane Queiroz de Almeida – AGB/Fortaleza
Coordenador: Prof. Dr. Fábio Souza e Silva da Cunha – Geografia/UVA
(26/11/2009 –Quinta-feira -Noite)

19h – CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
As cidades cearenses frente as modernizações territoriais do presente
Prof. Dr. Luiz Cruz – Geografia/UECE
Coordenadora: Profª. Drª. Virginia Holanda-Geografia/ UVA

Normas para envio de resumo:

Escrever RESUMO EXPANDIDO de três a cinco páginas, incluindo bibliografia; Em MS Office 2000 (Word) ou versões posteriores e enviados para o seguinte email: dinamicaurbanaceara@gmail.com, até o dia 10 de Outubro de 2009, com as seguintes características: Formato A4; margens: superior e esquerdo 3,0 cm; inferior e direita 2,0 cm; Fonte Times New Roman; tamanho 12, justificado; recuo inicial de parágrafo 1,25 cm, espaçamento 1,5; sem espaço entre os parágrafos; sem paginação.

RESUMO: justificado, tamanho 12. Espaçamento simples, máximo de 250 palavras. Palavras-chave: Devem representar o conteúdo do texto no mínimo 03 e no máximo 05. Autores: Alinhamento a direita, tamanho 12, espaçamento simples (quando mais de um autor); em nota de rodapé, informar: formação, vinculação institucional de cada autor, endereço eletrônico.

Textos e Ilustrações: Apresentar o texto em um único arquivo com ilustrações (figuras, fotografias, desenhos, gráficos, mapas, quadros, tabelas etc.), centralizadas na página e inseridas em seus devidos lugares (conferir normas ABNT).

Título: Deve ser em português (negrito). Citações: Com mais de 3 (três) linhas devem ser destacadas com recuo de 4,0 cm da margem esquerda, justificado, espaçamento simples, mesma fonte, tamanho menor que a do texto utilizado e sem aspas, sem parágrafo e sem itálico (ver normas ABNT).

Notas de rodapé: Devem ser apresentadas em ordem crescente e em algarismos arábicos em chamadas na mesma página, com fonte Times New Roman, tamanho 10, justificado. Referências: As referências deverão ser organizadas de acordo com a NBR-6023 da ABNT.

EIXOS TEMÁTICOS: 1.cidade e cultura 2.cidade campo 3.cidade e ensino 4.urbanização cearense 5.cidade e meio ambiente.
Informações e inscrições

Mais informações:

NEURB – UEVA
LEURC – UECE

Envio de trabalho: dinamicaurbanaceara@gmail.com

Telefone: 3677-78-59

Organização:

NEURB - UEVA
LEURC - UECE
CAGEO(Centro Acadêmico de Geografia) - UEVA


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http://www.geografiauva.tk/